Em meu primeiro post falei sobre o tempo: esse personagem que se reveza nos papéis de vilão e mocinho como protagonista em nossas vidas. A queixa da falta de tempo para fazer o que se gosta ou o pouco tempo para realizar uma tarefa é comum. Aprendi e constatei que o problema não é do tempo, mas como vivemos e nos relacionamos enquanto os ponteiros dão voltas no relógio.

Me preocupei com o fato de fazer apenas dois ensaios com os músicos que gravariam minhas músicas (nunca havíamos tocado juntos). Principalmente por acreditar que o meu som é muito intenso na mensagem, o que exige mais da alma do que da competência técnica. Todo o receio e ansiedade evaporaram logo na primeira música.

A química entre nós foi fantástica. Os músicos se mostraram totalmente preparados tecnicamente, realmente são muito bons. Mas o melhor foi sentir a entrega para o projeto e para cada palavra cantada. O resultado ouvido por todos ao final dos dois dias de ensaio foi de uma banda que parecia estar junta há anos. Surpresa e satisfação que tranquilizaram e me fizeram crer, finalmente, que o tempo é suficiente quando há amor pelo o que se faz e cumplicidade entre as pessoas envolvidas.

Obrigado pela entrega e comprometimento de vocês, meus amigos. Em breve todos poderão comprovar o que digo. Aguardem!