foto: Priscila Cunha

A euforia de criança há muito tempo já não me toma na época do meu aniversário, sabe? Nunca fui dado a festas e grandes celebrações, com exceção do aniversário com o tema do He-Man na infância. rs Um simples jantar em família basta para que o coração fique repleto de luz.

Pois bem, não me lembro de já ter postado algo sobre meu aniversário por aqui. Mas hoje deu vontade de partilhar com vocês um pouco mais de mim. Nada revelador ou que pudesse estampar capas de revistas de celebridades, caso o fosse.

Tenho recebido muito carinho e apoio de pessoas que, até outro dia, não faziam ideia da minha existência e eu da existência delas. Estão chegando devagar, no mesmo ritmo que o meu, e me fazendo um bem danado. Feliz que minha arte esteja proporcionando essa comunhão entre pessoas que partilham da esperança por “Dias de Paz” mas, principalmente, que partilham da lucidez acerca dos verdadeiros valores e essência humana.

É impossível, nesse momento em que um novo ciclo se abre, deixar de refletir sobre o que venho construindo e deixando de legado. E se o projeto “Dias de Paz” é o que chama atenção, por sua ambição e certa grandiosidade dentro dos padrões estabelecidos no cenário musical independente, estão nos pequenos gestos do dia a dia minha maior contribuição. Ações “invisíveis” aos olhos de vocês, mas que para mim são motivo de imensa alegria e contribuem para que o bem se espalhe de maneira natural e espontânea.

A reflexão é minha grande aliada. E sei que é a de vocês também. Viver dignamente da minha arte é o que mais desejo individualmente, e me reconhecer como indivíduo único é importante. Mas antes disso, há um bem maior para se querer: o bem coletivo. Me faz muito feliz ver minha música compartilhada por vocês, estar aqui em Brasília por conta do reconhecimento do meu trabalho e demais conquistas que alcançamos até aqui.

Porém, ainda mais feliz fico quando minha música gera o bem sem alardes. Meu pedido para vocês é que se permitam tocar pela minha arte e mantenham seus corações abertos ao novo. Não há qualquer outro compromisso estabelecido entre nós que não o de uma relação de mão dupla, sem qualquer necessidade de idolatria ou fanatismo. Estamos aqui para somar, e não para que alguém seja erguido em um pedestal. Se reconheçam também como seres únicos para que possamos somar em um coletivo mais forte. Repito:

“O que canto, escrevo e levo como mensagem nada mais é do que o reflexo daqueles que me cercam. Somos todos potencialmente capazes de emocionarmos e vivermos a essência humana, basta nos permitirmos mergulharmos em nosso interior. A luz também está em vocês! Acreditem nisso e reflitam sua linda essência.”