Já são alguns dias em Brasília e nada de falar sobre a tal gravação do programa de TV, não é mesmo? rs Pois é, imprevistos obrigaram a produção do programa a reagendar a gravação para essa semana.
Os dias se passaram e eu tentando me encontrar nessa cidade, que apesar da alta temperatura, nos dá a sensação de frieza. Seus traços retos, ângulos agudos, e extrema organização causam estranheza a quem nasceu e se criou em São Paulo, cidade aglomerada, ruidosa, dos pequenos detalhes e da multipolaridade (existe esse termo? rs), que sufoca, mas também pulsa a toda hora.
Ousar sair a pé causa espanto. E quem se arrisca sente-se num deserto. Não só pelo clima, mas também por suas calçadas vazias. São carros pra lá e pra cá. Pode ser em uma zona central, a sensação é sempre a mesma. Casas geminadas, portões e carros na garagem não são parte da paisagem. Inexistem!
Mas o fim de semana veio para aquecer meu coração. A vida cultural aqui é efervescente. Ou foi sorte minha, dizem os locais. Além da chuva, que há muito se fazia necessária por aqui, parece que também trouxe comigo uma dezena de eventos que agitaram o fim de semana dessa cidade. Entre grandes atrações como Criolo, Zeca Baleiro, Biquini Cavadão, Humberto Gessinger e Renato Teixeira, escolhi prestigiar a produção local. E fui arrebatado! (conto mais depois)
Coroando o fim de semana, hoje avistei vida! Corpos em movimento e o calor da troca entre as pessoas num espaço público. O Parque da Cidade me proporcionou um lindo fim de tarde repleto de vida. Minha música ecoou e alcançou alguns mais atentos, de ouvidos e corações abertos ao novo.
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